NOVUS DOMUS 

NONUS TEMPUS

(A VERSÃO LONGA. BEM LONGA.)

Fato: eu gosto de escrever. 

Talvez nem tanto à mão, mas gosto de desenvolver minhas ideias de forma escrita  –  nunca tive mão pras artes visuais nem pra música. Quando consegui acesso regular à Internet, achei que isso poderia ser um bom trampolim pra divulgar minhas ideias mais facilmente. Longe de grandes pretensões literárias, mais pelo pensar mesmo, pra exercitar a mente, e também por diversão. (Por que não?)

Não foi lá um caminho muito fácil…


SENTA QUE LÁ VEM HISTÓRIA


Nos tempos antigos, entre os neandertais do final dos anos 90, o e-mail era o meio de comunicação primário na rede (pra grande parte dos casos eu ainda prefiro até hoje), e, uma vez que acesso à rede ainda era privilégio de poucos, era modinha ter o prefixo cyber ou pelo menos alguma palavra em inglês no seu nickname

Nessa época, o negócio forte eram os grupos ou listas de discussão, sobretudo as do extinto Yahoo!Grupos – precursoras das comunidades do Orkut e dos grupos do Facebook. A gente entrava em meia dúzia de grupos (cheguei a estar cadastrado em mais de 60 no auge disso), geralmente se apresentava, e trocava algumas dezenas de e-mails por dia sobre algum assunto, simples assim. 

Mais do que uma forma rudimentar de rede social, alguns grupos eram praticamente um templo de adoração: sempre tinha um fulano que era o popular do grupo A e B, e que, pela proximidade entre os temas, era respeitado nos grupos X, Y e Z, às vezes referido quase como autoridade. Nos casos mais patológicos, eram criados grupos com nomes evocativos deveras modestos, como amigosdopaulinho, Fas.do.Cyber.X ou SeGuIdOrEs_Do_DaRk_MaStEr

Membros dos grupos se tratavam quase como irmãos mesmo que estivessem a três mil quilômetros de distância e que nunca tenham se visto pessoalmente até hoje. E, dali a três dias, se degladiavam em threads intermináveis porque alguém não entendeu alguma ideia pela falta de uma vírgula, até que alguém atingisse o "ponto Godwin" [1] (que, nestes tempos de polarização política, está cada vez mais rápido) ou que alguém saísse do grupo – não sem antes uma mensagem de despedida enorme botando o dedo na cara de cada um. E tudo isso sempre numa eloquência quase machadiana, dada a doutrina, mais difundida naqueles tempos, da "Netiqueta" [2], hoje relegada à categoria cringe.

Com o perdão da palavra, mas o colega listeiro está indubitavelmente equivocado.


Segundo Beltraníssima de Tal, Presidente da Lista de Discussão Virtual da Associação Brasileira de Seguidores do Capitão Planeta, a Ordem das Invocações dos Elementos jamais poderá ser alterada, mesmo que estejamos no Hemisfério Sul e aqui haja mais água do que terra. A ordem deverá ser sempre: Terra, Fogo, Vento, Água e Coração. 


(Notem as iniciais maiúsculas e os títulos.)

A época do e-mail era uma época linda, livre, leve e solta (talvez não tão leve, dados os frequentes anexos e caixas postais lotadas), em que direito autoral era mandado pro inferno e a galera passava e repassava 350 textos apócrifos dizendo que eram do Luís Fernando Veríssimo ou do Arnaldo Jabor, só pra chamar a atenção e delirar que o "seu" texto um dia seria creditado em algum grande "portal" (aliás, outra palavra fetichizada desde essa época). Praticamente ninguém produzia conteúdo de fato, só roteava encaminhava as crônicas, correntes e avisos de segurança do vírus dos sapinhos da Budweiser, do fulano que acordou na banheira cheia de gelo sem um rim, ou do moderníssimo computador com porta-copos (o melhor de todos). Mais ou menos como qualquer grupo médio de WhatsApp hoje.

Com a diferença que, no e-mail, sempre vinham toneladas de sinais “>”. 

SEMPRE.

> > >
> > > Repasse esta corrente para 356 contatos

> > > nos próximos 18 segundos incluindo o destinat

> > > ário apple@microsoft.com e

> > > a AOL enviará a você um celular de última

> > > geração da Samsung com ligações e torpedos 

> > > ilimitados da Telefônica Celular por 10 anos,

> > > mesmo que você more no 

> > > interior do Togo e não exista nem água 

> > > limpa na sua região, 

> > > quanto mais torres de celular.

> > > 

> > > Se você não repassar, você escorregará 

> > > no banho, quebrará a cabeça e terá um 

> > > infarto cerebral fulminante, sua família o 

> > > deserdará, seu cachorro será atropelado, 

> > > seu carro será roubado por traficantes de 

> > > órgãos e sua casa será devorada 

> > > por cupins vampiros mutantes do espaço.

> > >

> > >

> >

> >

>  

>

>


(Não lembra o grupo do Whats da família?)

Naquele tempo, com tanto bate-boca nos grupos e e-mails que dispersava quem queria divulgar uma ideia original sua (mais ou menos como hoje), tentei um site próprio. Aliás, uma home page, pros contemporâneos – inclusive, essa sutil diferença de nomenclatura é muito coisa dos anos 90-2000: o cara podia ter elaborado um site com 289 páginas diferentes, mas se referia a tudo como a "Fulano's Home Page".

Ainda que eu não tivesse grandes problemas com linguagem HTML (Se você não sabe o que é isso, saia daqui AGORA!), o problema era passar mais tempo diagramando as páginas do que escrevendo conteúdo de fato. Aí a gente tentava "otimizar" o trabalho, fazia várias cópias do mesmo código de modelo pra páginas diferentes, e lá pelo meio do trabalho esquecia de mudar algum título, ou queria mudar o modelo porque o texto pedia um design diferente, uns detalhes a mais, e no final acabava voltando tudo como era antes. Uma bagunça.

Como, naquela época, a gente tinha que saber como codificar uma página em HTML "puro" (editores visuais  não eram tão populares), o pessoal aprendia a linguagem mais a fundo e gostava de usar TODOS os recursos possíveis em todas as páginas. E era surreal a quantidade de bizarrices visuais que inventavam no tempo do Geocities [3], HpG [4] e similares: dúzias de textos percorrendo a tela, fundos de páginas com GIFs animados berrantes que faziam com que não se conseguisse ler o texto da frente (olhem a figura de fundo do "Senta que lá vem história" aí em cima), com cursores animados em JavaScript (outra tecnologia que é um pouco malvista por alguns até hoje por causa de exageros do passado). Enfim, uma miríade de frescurinhas que tiravam a atenção do que estava escrito. Janela pop-up era um problema pequeno até então.

(Esse era o momento em que eu queria demonstrar o caos que era aquela época com o "Geocitiezador" [4], que, só na página inicial já dá uma amostra do horror daqueles tempos. Porém, ao que parece ele não está mais funcionando como deveria, e mesmo os sites que ele usa de exemplo, que deveriam funcionar, já trancam com mensagem de erro. Uma pena. Vocês ririam muito.)

Um tempo depois começaram os web logs (muita gente nem sabe que o nome original era esse), vulgarmente "blogs", termo que deu à luz ao tenebroso vocábulo "blogosfera". (Sim, este atentado ao bom senso é dicionarizado. Machado de Assis se revira no túmulo cada vez que alguém profere esta heresia.) Também tentei um. Na verdade, vários. Sobre muitos temas diferentes. As bizarrices visuais até continuavam, em menor intensidade, mas a preguiça ganhou. Editores visuais foram se popularizando e acabaram, pelo menos em parte, com a problemática do tempo de diagramação; e, se desse a vontade de mudar algo, a gente editava um único código e o servidor do blog que se virasse pra separar cada post no mesmo formato. No início desta fase era tudo rápido, prático, lindo, e estranhamente alinhado à direita (e não estou falando de preferência política).

Mas, com o tempo (ou a falta dele), faculdade, trabalho e tudo mais, o fato de este modelo de site ser organizado cronologicamente criou em mim uma certa neura com datas. (Já me basta lidar com prazos no trabalho. Entrar nessa loucura de deadline pra um hobby é coisa de doido.) Às vezes eu olhava o último post com a data de algumas semanas (ou meses) atrás e sentia uma certa culpa por não estar escrevendo com mais frequência. E isso também ia minando o pique de continuar: já que o negócio estava jogado às moscas, ninguém mais lia, por que se dar ao trabalho de continuar? 

Acho que era por isso que a grande maioria dos blogs, naquele tempo (início dos 2000), eram no estilo “querido diário” de aborrecente desocupado que tinha alguma besteira pra falar todo santo dia.

oi pessoal como eu eskeci d escrever ontem vou escrever agora … humm.. deixe me ver .. acho que já eskeci tudo .. eh eu acordei tarde isso eu naum preciso nem lembrar .. eh de lei .. aí eu fui para a escola acisti a aula de primeiros socorros que foi sobre curativos.. muito fezes . depois eu fikei brigando com o minhoka por lugar na classe e fikei fazendo aquelo negocio d bastões .. sei lah o nome daquilo .. ai a aula foi uma feze -será que existe essa palavra ?- aí voltei de 80 e cheguei aqui meus promos tavam aqui eles tem 5 anos e saum gêmeos .. eles ficaram me atazanando a noite inteira e dps eu fui dormir as 3 e meia .. é.. acho que é só isso … tchau que eu vou ver raul gil ..(?)..


— Postado por dani_mad_freak às 15:34


(Notem a elegância da ortografia, pontuação e organização das ideias. Parágrafos pra quê?) 

No meio dos blogs, também passei por um Fotolog (o avô do Instagram). Mas não tinha grande fé no negócio, foi mais pelo contato com amigos e colegas. Aliás, o Fotolog foi um dos primeiros serviços a claramente induzir o usuário a "adicionar os amigos" (cujos fotologs apareciam na barra lateral do seu); um princípio de rede social se formando. Mas, enfim, como aquela desgraça tinha limite de texto, e o óbvio foco em imagens, se fiz 20 postagens em alguns anos de “flog”, acho que foi muito. Que se perca nas areias do tempo. 

Próximo! 

"O INFERNO SÃO OS OUTROS."


— Jean-Paul Sartre

Das mídias sociais propriamente ditas, o Orkut era um saco e só servia pra fofocar e bisbilhotar os recados dos outros (tá, pra rir de algumas fotos também). Pra alguns, rendeu até casamento ou, no mínimo, alguma pegação – a galera gostava de acessar com frequência pra ver como tava o seu status de "corações". Pra outros, chifre, choro e ranger de dentes. Eu gostava das comunidades de compartilhamento de downloads, e era isso. (Trocar uma ideia de boa mesmo, ainda era na base dos grupos de discussão lá do início!)

Próximo!

Vem o Twitter. Me cadastrei, meio que entrando na brincadeira, e ainda mantenho o perfil até hoje, antes, simplesmente pra logar em sites onde não queria usar minhas contas principais (é a conta da "segunda divisão"); hoje, só pra pegar eventualmente alguma notícia relevante mais rápido que nas mídias mais "normais" (tipo as enchentes no RS em maio/2024). Mas na real ele nunca me desceu direito. Além das bobagens de #FollowFriday que poluía o perfil de todo mundo toda semana (graças a Deus essa palhaçada saiu de moda), 140 caracteres era simplesmente NADA pra desenvolver uma ideia de maneira sequer razoável. Mesmo agora, com 280, também não ajuda muito. (Haja poder de síntese!) 

E ainda, teve uma época em que a maioria do que circulava na rede do passarinho azul eram links e marcações de outros sites: depois que o Twitter abriu a sua API [6], qualquer bagaça de fundo de quintal podia registrar sua utilização automaticamente por dentro do Twitter. Daí virou baderna: fulano entrou numa balada de quinta categoria, tweet; beltrano atingiu nível 985 no Kingdom Quest XXIV: Shin Final Nexus III Nocturne HD Remaster do PSBox12, tweet; sicrano bebeu uma McSchlebts American Black Kölsch no Fulano's Brew & Pub, tweet. Então, durante um tempo (sobretudo durante o auge do maldito Foursquare) o Twitter praticamente não tinha grande conteúdo por si só, era um mero entreposto de informação, e isso também fez com que muita gente – que foi pega pelo hype da novidade – desanimasse e largasse a plataforma logo adiante. Eu GA-RAN-TO que até hoje deve ter vários perfis do Twitter com essa exata sequência de check-ins do Foursquare : Casa → Escola ou faculdade → Trabalho → Repete. Por MESES a fio.

Fora essa fase do entreposto, e o ambiente tóxico que tem se tornado (por algum tempo, até mais tóxico que o Facebook, dependendo do assunto), dois pontos fizeram com que o ninho se tornasse uma rede social difícil de lidar, pelo menos pra mim:

Em suma, o Twitter é um que, pra mim, não faz falta. Pode ir pra vala, e o Elon Musk que se dane.

O problema maior é que o Twitter criou o maldito estilo de atualização em linha do tempo – a ideia até já existia antes, mas o Twitter foi o primeiro major player a adotá-la em escala – e isso inspirou outros sites. (Eu não curto porque esse modelo simplesmente inverte a lógica do consumo da informação: ao invés de eu ir na página/perfil só de quem eu quero saber algo, a informação de todo mundo jorra na minha tela, mesmo de quem eu tô tão interessado – e NÃO HÁ algoritmo que resolva essa desgraça de forma decente até hoje. E nem vou entrar no problema da publicidade embutida.)

Daí, meu amigo...

Uma Rede para a todos governar,
Uma Rede para encontrá-los,
Uma Rede para a todos trazer
e na escuridão aprisioná-los.

... daí a gente chega no que eu chamo de "Grande Álbum de Figurinhas da Raça Humana". 

Eu tentei escrever alguma coisa mais elaborada no Facebook. Mas, além de ele sofrer o mesmo problema do entreposto (talvez em menor intensidade, dependendo da época), o fato de ele ser a plataforma social mais relevante nos últimos anos – e, portanto, mais populosa – fez com que o nível de ruído ultrapassasse em ordens de magnitude a qualidade da informação. Depois que o Face adotou o modelo atualização em linha do tempo (Maldito sejas, passarinho azul!), não adianta mais escrever um material bom e útil quando O Algoritmo (capitalizado mesmo) vai jogá-lo no meio de 68.387 outras publicações lixo em poucas horas, o que faz com que seja quase impossível buscá-lo de volta.

Quem nunca começou a ler um post de mais de dois parágrafos, estava pegando interesse, e dali a pouco a linha do tempo atualiza automaticamente e o texto sumiu? Você estava só "no fluxo", nem viu quem tinha postado, e agora não sabe mais como voltar àquele texto. 

Se perdeu nas areias do tempo.

No mínimo tem mão do Petê envolvida nisso. Bando de ladrões!


Owwww… que foooofoooooo!!!!!onze!! XDDD


Então, você não liga pra aparência?

Conte-me mais sobre como é sair na rua todos os dias sem maquiagem.


E aí os liberais vem falar em meritocracia…


Como se aquecer neste inverno usando cocô de cavalo. É fácil, rápido e ecologicamente correto! Só precisa de um cavalo!


Tem mais é que matar mesmo!

Vagabundo bom é vagabundo morto!


Pra animar a segunda-feira! Bom dia a todos e força na peruca!!!


Deligamento programado de energia neste sábado afetará toda a região metropolitana da capital.


Hoje eh dia de balada Vid4l0k4 mano consertesa!!


Essa corja machista tem que morrer mesmo.

São todos estupradores!

Morram todos!


Dicas: como reaproveitar suas garrafas PET usando apenas uma tesoura.


EXCLUSIVO! Descubra o que Dilma sabia sobre os ataques do Estado Islâmico desde 1968.  

Então, já na vibe de voltar a publicar minhas maluquices fora das redes, mais adiante descobri o Medium, que se propunha a ser uma plataforma com um ar mais profissional pra escritores. Longe de mim querer ganhar a vida escrevendo (meu trabalho até envolve bastante escrita, mas de uma forma bem diferente), mas resolvi arriscar, e no início era bom: sem pseudônimos, sem encaminhamentos, sem códigos, sem layouts elaborados, sem datas (pelo menos não descaradamente), sem imagens (ou muito pouco), sem links, sem bate-boca (é um ambiente MUITO mais civilizado), sem pressão. Apenas o texto, uma grande folha em branco pra preencher... e muita coisa boa pra ler dos outros...

... até o momento em que se ergueu o paywall

Por mais que fossem US$ 5.00 mensais, com a cotação do dólar do jeito que está, me nego a pagar por algo que não sei se vou aproveitar plenamente – afinal, por increça que parível, eu não vivo só de Internet. 

Resolvi então mandar todas as pretensões pro lixo, voltar pro formato de site/blog, mas sem nenhum compromisso de atualização frequente (me prestei justamente a tirar do template todas as referências possíveis a datas): quando desse vontade de escrever, saía alguma coisa. Se achasse algo interessante que valia a pena ser compartilhado na íntegra, também saía alguma coisa copiada e colada descaradamente. 

Simples assim...






... ou será que não?

MAS NÃO É SÓ ISSO!

Só faltou resolver um último problema: a fragmentação.

Lembra lá em cima, das 289 páginas da "Fulano's Home Page"? Então: lá tava tudo junto, num canto só.

Agora a coisa tá toda espalhada: algo no Facebook, algo no Instagram, algo ocasionalmente no Twitter, algo mais focado em trabalho no LinkedIn, e, dependendo do tipo de mídia, e da relação com ela (Produtor? Consumidor?), podem entrar muito mais plataformas: vídeo (YouTube, TikTok, Kwai), podcasts, uma miríade de outros sites "socializáveis" e por aí vai.

Como juntar isso tudo?

Alguém vai levantar a mão e gritar "Agregador de links!", como LinkTree ou LinkList, entre outros. Beleza. São respostas válidas. A ideia de juntar todos os seus links das outras plataformas em uma única "ponte" é exatamente o que eu procurava.

Porém...

"Todo dia saem de casa um malandro e um otário. Quando eles se encontram, sai negócio."

— Sabedoria Popular

... estas desgraças operam no modelo "freemium": é de graça, mas as funcionalidades são bem, bem, mas BEM limitadas. Se quiser fazer qualquer coisinha mais elaborada (como mudar o fundo pra uma imagem personalizada), tem que pagar. 

Aí você vai ver os valores de um plano "pro/premium" desses. Numa avaliação bem rasa, até não são valores abusivos. Não é muito longe do preço, por exemplo, de alguma assinatura de streaming, seja de música ou de vídeo, seja um plano mais simples ou mais robusto – tem pra todos os bolsos. 

Só tem um problema: pro que esse tipo de serviço se propõe – simplesmente juntar linksnão faz o mínimo sentido pagar pra colocar o meu nome depois do nome do serviço (www.serviço.com/meunome), quando eu posso comprar o próprio nome de Internet (www.meunome.com) e hospedar uma página simples com todos os links que eu quero divulgar – e serviço de hospedagem gratuita não falta por aí

É simplesmente idiota, pra quem procura manter uma "presença" na Internet, divulgar um endereço completamente esdrúxulo de agregador genérico – imagina você falando pra um amigo ou cliente: link-tê-erre ponto ê ê barra fulano de tal tudo junto sem espaço" – quando poderia dar um ar mais profissional com "fulano de tal ponto com". Colocando na ponta do lápis, a maioria desses agregadores metidos a premium cobra em dois ou três meses (dos planos mais básicos) o que um domínio de Internet custa por um ano

Resultado: depois de mais de 20 anos trabalhando com informática e Internet, finalmente tomei vergonha na cara e comprei um domínio próprio. Como já uso esse mesmo identificador "tgsaguiar" já faz vários anos, em vários sites, nada mais lógico que usar ele mesmo, com o domínio de topo mais comum que existe. E sem ".br" no final, que já é pra começar "internacionalizado"! Hehehe... 

Pronto, taí. Demorou, mas terminei.

(Eu disse lá no título que era a versão longa, né?)

P.S.: sobre o título: é latim para "casa nova (pela) nona vez". Provavelmente estou bem além da nona vez, considerando que, na primeira fase de blogs, tive um monte deles, que já até perdi a conta (inclusive, as ideias de vários deles serão unificadas em um outro projeto). Mas, pra seguir o raciocínio desenvolvido no texto, vou deixar por nove mesmo. ;P